Construção da sede do Câmpus da Unitins em Augustinópolis entra no rol de prioridades do programa Tocantins PPI

Reitor da Unitins segurando ordem de serviço da construção do prédio próprio do campus da unitins em Augustinopolis

O projeto de construção da sede própria do Câmpus de Augustinópolis da Universidade Estadual do

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Tocantins (Unitins) foi incluído no Programa de Parcerias e Investimentos do Estado do Tocantins (Tocantins PPI). O anúncio foi feito na noite dessa sexta-feira, 4, pelo reitor da universidade, Augusto Rezende, e pelo secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, José Humberto Pereira Muniz Filho, durante a Cerimônia do Jaleco dos cursos de Enfermagem e Medicina da Unitins, em Augustinópolis.

A regulamentação foi feita por meio do Decreto Nº 6.418, assinado pelo governador Wanderlei Barbosa e publicado também nessa sexta-feira, 4, no Diário Oficial do Estado, oficializando a inclusão do projeto no PPI Tocantins. Trata-se de um projeto pioneiro no Brasil, sendo que a Parceria Público-Privada para a construção do Câmpus da Unitins em Augustinópolis será a primeira do país a contemplar uma unidade universitária. O procedimento é mais comumente realizado em construção de outras estruturas públicas, como escolas, hospitais e unidades de segurança. 

O secretário José Humberto Pereira Muniz Filho destacou a priorização do projeto e ressaltou, ainda, que a previsão é de que os estudos técnicos do projeto sejam concluídos ainda em 2022. “Os projetos incluídos na carteira do Tocantins PPI passam a ter um trâmite especial em toda a administração pública. Assim, o projeto do Câmpus de Augustinópolis passa a ter uma visão prioritária. Esse projeto tem em sua prioridade a construção, estruturação e manutenção, mantendo uma educação 100% pública, mas com uma qualidade excepcional na sua infraestrutura e nos seus serviços assistenciais”, enfatizou o secretário. 

Para o reitor da Unitins, Augusto Rezende, este é um passo importante e histórico para toda a comunidade acadêmica. “Conseguimos fazer a sustentação técnica diante da comissão, que entendeu o valor da região do Bico do Papagaio, o valor desse câmpus enquanto uma referência em Augustinópolis e que, principalmente, surge como uma solução para uma série de dores da comunidade acadêmica da Unitins no Câmpus Augustinópolis. O novo câmpus vai trazer estrutura e conforto, seguindo uma linha moderna de gestão pública com uma governança inovadora. Com essa parceria, o que a administração pública gastaria 20 ou 30 anos para construir, ou mesmo que não conseguiria por causa do surgimento de novas demandas, por meio da iniciativa privada essas questões vêm resolvidas na parceria com a universidade fazendo um desembolso mensal para suprir essas despesas. É uma modelagem moderna e única no país. A Unitins, juntamente com a Secretaria de Estado de Parcerias e Investimentos, tem certeza de que é o caminho certo”.

A Unitins funciona hoje com dois prédios alugados em Augustinópolis e possui cerca de 900 acadêmicos. Em 2021, o câmpus e a região do Bico do Papagaio ficaram em evidência com a chegada do curso de Medicina, que atualmente já possui duas turmas, somando cerca de 80 alunos. Além do curso de Medicina, o câmpus conta com os cursos de Ciências Contábeis, Direito e Enfermagem. 

A diretora do Câmpus Augustinópolis, Gisele Leite Padilha, comemora o que chamou de realização de um sonho. “Para toda a comunidade acadêmica do Câmpus Augustinópolis é a realização de um sonho que vem sendo sonhado e idealizado por todos que compõem a nossa unidade, e por toda a Gestão da Unitins. A construção de uma sede própria vai proporcionar melhor espaço físico para desempenho das aulas, desenvolvimento de ações acadêmicas, de projetos, de atividades de pesquisa e de extensão”, pontuou.

A comemoração também alcança os acadêmicos que passaram por todas as mudanças estruturais do Câmpus Augustinópolis nos últimos anos, como a aluna Thamyres Medrado Brandão, do 7º período de Ciências Contábeis. “A mudança para esse prédio de hoje eu já estou achando excelente, porque houve ganho na qualidade do ensino depois que a gente saiu do La Salle [escola estadual que abrigou o câmpus da Unitins de 2014 até final de 2019]. Lá, sentíamos que o ambiente não era nosso, não era um lugar que podíamos chamar de nosso, até porque era compartilhado. Com o anúncio da construção de um prédio próprio a gente fica ainda mais feliz, porque não é apenas um ganho para a Unitins, mas para toda a comunidade, já que é um bem que vai ficar para sempre aqui na região e pode possibilitar a chegada de novos cursos. Esse, sim, será um espaço que finalmente poderemos chamar de nosso”.

A acadêmica Jercy Gabriella Gomes Marinho, do 7º período de Enfermagem, classificou o momento como “imensamente feliz e gratificante”. “Eu e meus colegas estudamos na Unitins desde a época do La Salle, onde a estrutura era muito precária. Tivemos alguns problemas na época e com a mudança para o novo prédio já melhorou muita coisa, mas ainda assim não é nosso. É gratificante fazer parte da história da Unitins e, agora, saber que a universidade terá um prédio próprio”.

 A construção do Câmpus da Unitins em Augustinópolis, por meio de uma Parceria Público-Privada de concessão administrativa, consiste no fato de que um eventual parceiro privado faz a construção com seus recursos próprios e somente na entrega, e a partir da administração do prédio, o ente público e o Tesouro Estadual passam a passar contraprestações mensais. Ao final do período de concessão, o prédio passa a ser 100% da Unitins.

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