Lula discursou bastante ontem, para públicos diversos e conforme protocolos variados. Uma coisa é certa: não se ouviu o lema ‘Deus, pátria e família’. Alguns discursos devem ser demonstrados na prática mais do que em palavras.
Não se impõe Deus goela abaixo de crentes, descrentes em geral e descrentes do Deus cristão. Pratica-se os princípios do deus no qual se acredita e abre-se espaço para que todas as (des)crenças tenham livre curso. Numa democracia isso faz todo o sentido.
Não se faz de um país a grande pátria de uma nação excluindo-se sua parte não branca, não cristã, não heterossexual, não proprietária, nem diminuindo sua importância no cenário global. Faz-se a pátria inclusivamente e elevando-a no mesmo nível dos grandes países do mundo (já fomos a 6a economia do mundo).
Não se honra a família apenas em discursos, mas na prática. Lula constituiu duas grandes famílias não simultaneamente e agora uma terceira. O defensor fascista do famigerado lema supracitado está a ponto de abandonar sua terceira família. Honra-se a família respeitando-se sua formação diversa. O cristianismo tem data de nascimento conhecida; as famílias, em suas diversas constituições, remontam ao início da humanidade.