O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, gerou um grave incidente neste domingo (22), com a queda de veículos no Rio Tocantins, incluindo caminhões transportando produtos químicos perigosos. Em resposta, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) suspendeu temporariamente o abastecimento de água em Imperatriz e região, afetando cerca de 800 mil pessoas.
O acidente ocorreu no fim da tarde deste domingo, quando um trecho da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira cedeu, provocando a queda de diversos veículos, entre eles dois caminhões-tanque. Um desses veículos estava transportando ácido sulfúrico, uma substância química altamente corrosiva que representa um risco imediato à saúde pública e ao meio ambiente.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) decidiu suspender a captação e distribuição de água em Imperatriz e municípios vizinhos para evitar a contaminação das águas do Rio Tocantins. A medida afeta diretamente cerca de 800 mil pessoas que dependem do fornecimento regular de água. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) confirmou a presença de substâncias químicas no rio e recomendou a suspensão das atividades relacionadas ao abastecimento até que a situação seja completamente monitorada.
“A suspensão do abastecimento de água é uma medida preventiva para proteger a saúde da população e evitar impactos maiores”, afirmou a Caema em comunicado.
O Corpo de Bombeiros do Tocantins informou que as buscas subaquáticas, com mergulhadores, foram temporariamente suspensas devido à profundidade do rio, que chega a 30 metros, e à baixa visibilidade. No entanto, as operações de busca na superfície continuam, com apoio de embarcações das forças de segurança de Tocantins e Maranhão. Até o momento, duas mortes foram confirmadas, e o número de desaparecidos subiu para oito, incluindo uma mulher e uma criança.
Além dos caminhões-tanque, outros veículos também caíram no rio, como um caminhão agrícola e um de madeira. As autoridades alertaram que o vazamento de ácido sulfúrico e outros produtos químicos pode causar reações perigosas, incluindo queimaduras e intoxicações, e já solicitaram uma investigação para avaliar o impacto ambiental da situação.
A Prefeitura de Estreito (MA) emitiu um alerta pedindo que os moradores e as comunidades situadas a jusante da barragem de Estreito evitem qualquer contato com as águas do rio. A utilização da água para consumo, banho ou qualquer outra finalidade está suspensa até novas orientações.
“Estamos monitorando a situação e tomando todas as medidas necessárias para minimizar os impactos do vazamento e proteger a população”, afirmou a Prefeitura de Estreito em nota.
O desabamento da ponte entre Estreito e Aguiarnópolis representa um grave risco ambiental e de saúde para a população da região, especialmente devido ao vazamento de substâncias químicas no Rio Tocantins. As autoridades estão adotando medidas emergenciais para conter os danos e investigar o incidente. A suspensão do abastecimento de água e os alertas sobre o risco químico permanecem até que a situação seja completamente controlada, afetando diretamente a vida de centenas de milhares de moradores da região.