Em 2021, uma operação integrada foi realizada na Terra Indígena Yanomami para combater o garimpo ilegal. Um relatório produzido pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontou a necessidade de mais ações para conter o garimpo, que estaria interligado a outros crimes como tráfico de pessoas e trabalho escravo. O relatório também indicou a importância da fiscalização permanente na região, pois era provável que as atividades ilegais retornassem após as ações de estrangulamento.
Infelizmente, em 2022 as operações foram interrompidas e houve uma invasão generalizada da Terra Yanomami, inclusive em áreas sensíveis. Alisson Marugal, procurador da República em Roraima, relata que as ações de 2021 foram realizadas apenas devido a uma determinação judicial.
O relatório apresentou três recomendações para ajudar no combate ao garimpo: revisão da legislação específica, controle rigoroso das licenças ambientais e rastreamento do ouro apreendido. O MPF informou que existem 421 pontos de mineração identificados na Terra Yanomami.
Vários órgãos participaram das ações de fiscalização, incluindo Ibama, Funai, ANP, Força Nacional de Segurança Pública, Anac, ICMBio, Anatel, PRF e PF. Todos apresentaram resultados da operação que revelaram um grande aparato do garimpo na Terra Yanomami. Durante as três operações, foram apreendidas 9 armas e 29 minérios.
Apesar dos alertas graves do relatório, o governo decidiu acabar com as fiscalizações na região, o que resultou em uma invasão generalizada.
[…] motivação é ajudar o seu povo, especialmente depois de presenciar diversos indígenas da etnia Yanomami morrendo por falta de cuidados […]