O que uma rodovia, uma moeda e a política do Brasil tem em comum?
Dois lados.
Lula e Bolsonaro desempenham papéis muito importantes no cenário político atual.
De um lado, temos os revolucionários; indivíduos que pretendem dar uma repaginada no país, desvinculando-o dos costumes tradicionais com o intuito de melhorá-lo.
Nas palavras da grande voz que fala a esse grupo, já ouvimos coisas como: “essa pauta da família, a pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada”.
Do outro lado, temos os tradicionalistas que buscam manter aquilo que julgam ser o melhor para a nação (segundo aquilo que eles mesmo acreditam ser o melhor). Estes, acreditam estar lutando contra o avanço do que coloca em risco seus castelos de areia.
Não sabendo que as ondas do mar sempre são as responsáveis por sua destruição.
Para os adeptos desse grupo, seu líder não é apenas mais um líder, mas o líder.
Entre os séculos XIII (treze) – XIV (catorze), surgiu uma das lendas do folclore inglês que ficou muito famosa e foi transmitida de geração a geração através do tempo.
Essa lenda é a história de Robin Hood.
Robin, um herói mítico, ou seja, fictício, era um fora-da-lei que roubava da nobreza para dar aos pobres.
Esse “herói” ficou imortalizado como:
“príncipe dos ladrões”.
Ora, mesmo sendo visto por alguns poucos como um herói, suas práticas burlavam a lei.
Mesmo ajudando os mais necessitados, seu heroísmo era criminoso.
Pois, como ajudarei alguns prejudicando outros?
Como produzir riqueza gerando pobreza?
Dando aos pobres o que era dos ricos, Robin estava tornando os ricos em pobres.
A história não conta mas, como saber se os bens dos mais ricos eram dados apenas aos mais pobres?
Quem nos garante que Robin Hood não embolsava um pouco desse dinheiro?
Como confiar no PRÍNCIPE DOS LADRÕES?
Afinal, como conta a história, Robin era um aventureiro que morava nos bosques, portanto, ele também fazia parte desse grupo (os mais pobres), e, consequentemente, se via no direito de também obter aquilo que era dos mais ricos por acreditar que os mais pobres, incluindo ele, sofriam uma grande injustiça.
Steve Rogers era um rapaz com problemas de saúde que desejava, de qualquer forma, participar dos esforços estadunidenses para vencer a Segunda Guerra Mundial.
Ao ter seu alistamento recusado por sua saúde debilitada (histórico de atleta), ele deixa claro estar disposto a fazer qualquer coisa para ajudar na guerra.
Esse rapaz acaba fazendo parte de um experimento científico que modifica completamente seu corpo transformado aquele rapaz fraco em quem conhecemos hoje como: “Capitão América”.
A história conta que esse soldado cai em um sono profundo e acorda anos depois no mundo moderno.
Dentre as várias dificuldades de se adaptar, ele acaba se desentendendo com um de seus superintendentes e então para de lutar.
Após esse episódio ele comprou uma motocicleta e saiu viajando pelo interior do país (talvez fazendo uma motociata).
O capitão é um símbolo de patriotismo, princípios e moralidade. Ele é basicamente o ideal americano que luta contra o mundo inteiro para defender não apenas um país e seus habitantes. Mas exclusivamente a liberdade dos indivíduos.
O problema de Robin Hood é tentar fazer justiça com as próprias mãos.
O problema do Capitão América é tentar ser a própria justiça.
Temos que entender que o mundo muda e não iremos conseguir manter algumas tradições e costumes pra sempre pois o avanço é constante. Entretanto, não podemos atropelar o curso da história e recriamos a realidade.
Esse trabalho será executado com a mão de obra do tempo.
Em última análise, o Brasil não tem super-heróis, os super-heróis não existem, são inventados.
O que temos são pessoas que escolheram um lado, participam de um grupo e fizeram do líder desse grupo seu herói.
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