O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou novamente seu descontentamento com o atual nível da taxa de juros no Brasil, que está em 13,75%. Durante uma visita ao Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, Lula argumentou que não há justificativa para a taxa ser tão alta e enfatizou a necessidade de gerar empregos para garantir tranquilidade e crescimento econômico.
Lula recordou que durante seus mandatos anteriores (2003-2010), as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) sempre contavam com críticas ao aumento, redução ou manutenção da taxa de juros. Ele destacou que, como presidente, não pode ficar discutindo cada relatório do Copom, mas espera que os responsáveis enfrentem as consequências de suas ações.
Ao completar 100 dias de governo, o presidente prometeu apresentar um novo programa de desenvolvimento para o Brasil, incluindo melhorias em estradas, pontes, saneamento básico, água, saúde e educação. Lula também enfatizou a necessidade de acabar com as grandes divergências que têm dividido o país e promover um ambiente mais amigável e unido.
Em relação ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Lula afirmou que não tem poder para substituí-lo, já que a aprovação do nome cabe ao Senado. No entanto, o presidente ressaltou que Campos Neto deveria focar na política monetária, emprego, inflação e renda do povo, como estabelecido na lei de autonomia do Banco Central.
A visita ao Complexo Naval de Itaguaí contou com a presença da embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, das ministras Luciana Santos e Daniela Carneiro, do ministro-chefe Márcio Macedo, do general Gonçalves Dias, do senador Renan Calheiros, da embaixadora Maria Laura da Rocha e dos CEOs das principais empresas envolvidas no Programa de Submarinos da Marinha (Prosub).